quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Índia

Onde quer que esteja, hei-de ter sempre saudades. Não importa o onde ou o quando, mas, o meu estado natural é... com saudades. E se não é com saudades, é a ansiar por algo. É como ter saudades de uma coisa que ainda não aconteceu.

Mesmo quando tudo está em pleno, mesmo quando tudo está finalmente assente e construído como tem que ser, há sempre qualquer coisa que falta. Qualquer coisa que me tira daqui.
E por isso construo projectos, admiro as viagens de outras pessoas e vou aprendendo a direccionar as minhas ânsias.

Se há coisa que vou percebendo, é que não tenho certezas. Há uns anos era capaz de dizer exactamente como "ia acontecer" a minha vida, num prazo de 10 anos. Mas hoje, sei que a graça disto tudo é aventurar-me e ir vivendo cada dia. E isto não implica não ter projectos - pelo contrário: digo já onde quero passar um mês no Verão do próximo ano e por agora... vou vendo as coisas a acontecer.

4 comentários:

Anónimo disse...

http://www.youtube.com/watch?v=tAdeSCCAW9c&feature=related

Anónimo disse...

http://www.youtube.com/watch?v=UMz5jh3WGr0

Ivo Gorki disse...

Ver-te sempre ao longe, num passado longínquo, desvanecido, ajuda-me a perceber como errei. Como seria a minha vida se tivesse tido a coragem, e a sabedoria para agir. Estas palavras que nunca lerás... Falhei a oportunidade, se alguma vez a tive. Espero que nunca chegues a ler estas palavras. O tempo passou, a tua vida continuou... Provavelmente tens já uma família. Não quero que as lei-as... Deve-se apenas à minha fraca consciência, que não me permite descansar sem assumir as minhas palavras, que te escrevo isto. Permanecer anónimo, não me parece ser uma opção.

Nunca estiveste ao meu alcance, nunca te mereci... A tua beleza deslumbrava-me... assustava-me.
Essa tua beleza ígnea apenas me permitia contemplar-te afastado.

Desejo que sejas feliz junto de quem quer tenhas escolhido. Desejo que sejas portadora de vida, união e harmonia para os teus.

Ivo Gorki disse...

E se alguma vez as leres, e elas te parecerem estrangeiras, desconcertadas... perdoa-me. Textos assim raramente se assemelham à ideia original, cristalina, que vive unicamente na imaginação do seu autor.