terça-feira, 27 de abril de 2010
"insubtileza"
Já entrei num ritmo em que sinto necessidade de escrever mas não sei sobre o quê. Nem sei se é necessidade, mas é pelo gosto que lhe tomei. Acaba por ser bom sinal: tudo resolvido, tudo discutido. Mas também culpo a rapidez com que passo de um sítio para outro que pouco tempo me dá para processar. De qualquer maneira, pego no caderno e no lápis e desenho o que penso. Sou feliz? Sou. E basta-me. Agarro nesta ideia e continuo com uma nova força. Tudo muda quando temos motivo. E se já tinha - e É motivo - reforço essa certeza e sorrio à volta. Se deixei de pegar automaticamente nos phones no metro, é porque não preciso. Tenho música que - não - chegue. Escrevo, desenho e componho na Razão. E pela razão.
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Dicionário
Não são mais que isso: palavras. Então porque é que mexem tanto connosco? Porque é que preciso que elas me expliquem o que é? Porque é que tudo muda quando se resume a uma palavra? Já éramos o que somos antes de haver uma palavra. Tantas vezes pedimos mais do que palavras, mas agora tudo o que precisava era uma, apenas uma. O meu mundo gira à volta disso, mas faz parte de quem sou. É a maneira racional como vivo que me exige uma aproximação à realidade que conheço: as palavras. O que somos sempre foi o que é, mas o nome que lhe damos que tem ajuda-me a perceber. Da mesma maneira, o azul já era azul antes de ter nome, mas o facto de o ter ajuda-me a compará-lo com o amarelo ou com o azul-marinho. Às vezes preciso de um retiro mental para conseguir definir as coisas, para pôr tudo no lugar e pela ordem em que deve estar. Mas desta vez tudo o que precisava era de uma confirmação não minha para ter a certeza de que eu não estava a imaginar coisas. Porque se eu chamasse amarelo ao azul não fazia mal, o problema seria quando estivesse a pedir uma cadeira amarela e me dessem uma azul.
Não é que precise de pôr palavras em tudo, mas porque não é a minha palavra, que me diga só a mim o que sou, precisei dela. Porque se fosse só para mim, não havia palavras: tudo eram as memórias, o que sinto e o que desejo.
E por mais que goste de palavras... não posso deixar de as detestar: estão a trair-me por não estar a conseguir escrever e exprimir o que quero, como quero. Mais uma vez elas tomam as rédeas e deixam-me a mim, fantoche de escrita, fazer o que mandam. Elas têm regras, personalidade e vontade própria. Toda a escrita é um sítio onde podemos estar a conviver com palavras, mas nunca as dominaremos totalmente. Mas sim o contrário: são elas que mudam a nossa vida, a nossa perspectiva e definem o que somos.
Aliás,
já não quero mais palavras.
Dêem-me música.
terça-feira, 13 de abril de 2010
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Devagar demais
"Quanto mais depressa, mais devagar", será verdade? Sempre fui a pessoa mais razoável ou demasiado racional em tudo. Sempre esperei tempo suficiente - ou demais - para ter a certeza de alguma coisa, para dar um passo em frente. Mas agora não consegui conter-me. Lancei-me no escuro à espera que o caminho seja o certo. A verdade é que esta sensação está a ser melhor do que estava à espera. Como é que isto me passou ao lado? Tanta gente me dizia como era bom de vez em quando seguir em frente sem olhar para onde se põe os pés. Mas agora não sei quando parar. Não sei quando é altura para parar e olhar para trás para perceber se não vou dar algum passo em falso. Não tenho medo de cair, mas tenho medo de que o que está no escuro não seja aquilo que imagino. Mas enquanto me levares, assim, pela mão, confio. Confio que onde quer que seja que me leves, vou ficar bem. Porque estou contigo.
domingo, 11 de abril de 2010
Segredos
Às vezes gostava de voltar atrás no tempo. Ou fazer pause para pensar na melhor resposta a dar. É que às vezes abro a boca e penso depois que a melhor resposta seria outra. Pior é lembrar-me que 2 dias antes tinha pensado "e se me fizer aquela pergunta?" e já tinha a resposta planeada. Mas quando chega a pergunta... damn it! Sai tudo torto. Já não sei o que fazer, o que deixar correr, o que insistir. E porque é q agora tudo é diferente? Há uns anos pensava de uma perspectiva totalmente diferente. Só mesmo quando estamos lá é que sabemos o que é isso de estar no limbo.
Tanta coisa que me apetece fazer agora, tanta coisa que tenho por dizer, tanto que tenho para mostrar. E, no entanto, fico aqui agarrada à ideia de que tudo se torna melhor se for dado, dito e feito aos poucos. Mas um dia, no dia em que me agarrarem pelos braços e não me quiserem deixar dizer o que quero, aí eu grito em pulmões cheios o que agora contenho voluntariamente. A única coisa que me consola é saber que um dia já não estará mais escondido. A bem ou a mal, vou dizer, vais saber.
Por agora, é assim que ficam: em segredo, guardados, ... seguros.
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Wooden feet
terça-feira, 6 de abril de 2010
segunda-feira, 5 de abril de 2010
quinta-feira, 1 de abril de 2010
A little time out
novo caderninhooo!
O meu antigo caderno acabou-se a semana passada e já estava a ficar com pena não ter um sítio para escrevinhar e rabiscar sempre na carteira. Por isso lembrei-me do "hoje é o dia" e fui comprar um caderninho de 30 centimos sem linhas nem quadradinhos (totalmente liiiivre e cheio de espaço!).
A Teté, mal viu os meus olhos a brilhar disse "pronto, já está a magicar como é que vai forrar o caderno" - ou qualquer coisa parecida que não me lembro, mas, como é o dia das mentiras, é na booooua!.
Dito, feito!
Inspirada na vontade de fazer Erasmus em Barcelona, eis o resultado:
consegui arranjar 2 vestidos: um de padrão de azulejos (Portugal, obviamente) e outro totalmente flamenco (España, arriba!).
A parte de trás é só uma imagem, mas que gosto imenso:
Barcelona, te quiero!
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