Afternoon in Itapua
Izzie, andas estranha, Izzie, o que é que se passa contigo? Oito ou oitenta.. E se oitenta é deprimente, estás oito, hoje. O que andaste a fazer? Ah. Já percebi. Foi da tarde, nao foi? Conta-me, conta-me. Devias era estar com um peso na consciência, fugiste ao trabalho! Amanhã aterra bem, porque não vai ser a mesma coisa...! Amanhã é trabalho a sério, tem que ser. Hoje pode ser mais soft, mas eu, vendo-te assim, não posso impedir esse teu sorriso. Gosto dele. Izzie, Izzie...
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terça-feira, 20 de maio de 2008
quarta-feira, 7 de maio de 2008
Tarde
Izzie, Izzie, bem vejo como olhas o infinito, como ficas a pensar na sorte que tens. Ou no azar que tens por seres assim tão...complexa. Mas olha, olha para lá, para isso, para o nada. Pensa bem fundo e, no momento seguinte, age, vai, agradece ter lá estado. Encontraste a resposta. Não foi sozinha. Foi ele quem te deu a resposta que, na sua simplicidade, surgiu. Estava lá. Era tão óbvia, tão fácil, tão natural, que nem te apercebeste como a tinhas. Calma e serena, aí ficas, do lado de lá. Como, como é que te escapou? E como, como é que de repente....tudo mudou?
Descobriste a ponta do novelo, puxaste, os nós desfizeram-se. Num único instante. Ali. Assim.
E agora, para onde caminhas? Para onde vais, com tanta certeza? Izzie, incertezas? Não do destino, mas do caminho. Por agora, não te arrastes, Izzie, não te arrastes. Firme, pé e pé, passo e passo, rumo em frente, sem olhar para trás. Se olhares, que seja para não tropeçares no mesmo, ou para desmistificar a pedra no caminho. Izzie, vejo-me em ti, sabes? Conheço-o, reconheço-o. É tão parecido contigo....! Sorrio, olhando-vos., juntos, por aí, nessa inocência que ninguém percebe. Jardins descobertos, bancos conquistados. Risos surgidos da realidade do nada.
Tudo vosso ...
...tudo nosso.
Izzie, Izzie, bem vejo como olhas o infinito, como ficas a pensar na sorte que tens. Ou no azar que tens por seres assim tão...complexa. Mas olha, olha para lá, para isso, para o nada. Pensa bem fundo e, no momento seguinte, age, vai, agradece ter lá estado. Encontraste a resposta. Não foi sozinha. Foi ele quem te deu a resposta que, na sua simplicidade, surgiu. Estava lá. Era tão óbvia, tão fácil, tão natural, que nem te apercebeste como a tinhas. Calma e serena, aí ficas, do lado de lá. Como, como é que te escapou? E como, como é que de repente....tudo mudou?
Descobriste a ponta do novelo, puxaste, os nós desfizeram-se. Num único instante. Ali. Assim.
E agora, para onde caminhas? Para onde vais, com tanta certeza? Izzie, incertezas? Não do destino, mas do caminho. Por agora, não te arrastes, Izzie, não te arrastes. Firme, pé e pé, passo e passo, rumo em frente, sem olhar para trás. Se olhares, que seja para não tropeçares no mesmo, ou para desmistificar a pedra no caminho. Izzie, vejo-me em ti, sabes? Conheço-o, reconheço-o. É tão parecido contigo....! Sorrio, olhando-vos., juntos, por aí, nessa inocência que ninguém percebe. Jardins descobertos, bancos conquistados. Risos surgidos da realidade do nada.
Tudo vosso ...
...tudo nosso.
segunda-feira, 5 de maio de 2008
Um dia, Izzie escreveu:
"Ninguemsabe,ninguémpercebeninguemsenteoqueeusintonemoqueeuseiquesinto.Oqueéestevazio,steespaçoporpreencher,porconseguir?Sozinhanestemundo,nãoseiporquênemquando,naoseicomonemquem.
Querodescobrir-meeàminhaessência,saberporqueéqueestouaqui,acabarcomestacriseexistencial,deestar...perdida,pontopretoemtelabranca,ouvice-versa.Acabarcomosuperficialismodescobertodosamigosdasocasiõesquemuitonos"adoram"quandoassimconvém,masquedesaparecemquandoaquitêmqueestar. Aemoçãoacabou,fugiuporentreosmeusdedoseparecetãodistante,tão...inalcançável. Oquequero?
Descobrir_______________quem______________ sou. "
"Ninguemsabe,ninguémpercebeninguemsenteoqueeusintonemoqueeuseiquesinto.Oqueéestevazio,steespaçoporpreencher,porconseguir?Sozinhanestemundo,nãoseiporquênemquando,naoseicomonemquem.
Querodescobrir-meeàminhaessência,saberporqueéqueestouaqui,acabarcomestacriseexistencial,deestar...perdida,pontopretoemtelabranca,ouvice-versa.Acabarcomosuperficialismodescobertodosamigosdasocasiõesquemuitonos"adoram"quandoassimconvém,masquedesaparecemquandoaquitêmqueestar. Aemoçãoacabou,fugiuporentreosmeusdedoseparecetãodistante,tão...inalcançável. Oquequero?
Descobrir_______________quem______________ sou. "
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
Desta vez é ficção...
Um baile de máscaras? Izzie não gostava muito disso.. Mas resolveu ir. Afinal, era sempre bom rever amigos! Foi mascarada de cigana.
A meio da noite, já estavam a doer-lhe os pés dos sapatos apertados e teve q ir pôr uns ténis. Foi ao quarto onde estavam as malas e os casacos. A porta estava fechada, e , como nignuém respondeu, entrou.
"Desculpa, não sabia que estava aqui alguém, posso entrar?"
"claro!", disse um (giro) (muito giro) desconhecido. Enquanto ela trocava os sapatos, ouvia-o a mexer e remexer os casacos e as malas. "não encontro o meu telemóvel...", "queres que te telefone?" , "está em silêncio..." Ele continuava a remexer as coisas todas. "há quando tempo conheces a Maria?", perguntou Izzie. "há muito tempo, mesmo, e tu?" , "desde os anos, acho que nada bate..!" , "pois não", disse ele, sorrindo.
Izzie sorriu. "O que foi?" e ela respondeu "já não ficas com o meu número". "Mas queres dar-me o teu número?" , "tu queres que o dê?" , "tu é que querias!" , "eu?" , "vá, dá lá..." , "afinal queres..."
Um baile de máscaras? Izzie não gostava muito disso.. Mas resolveu ir. Afinal, era sempre bom rever amigos! Foi mascarada de cigana.
A meio da noite, já estavam a doer-lhe os pés dos sapatos apertados e teve q ir pôr uns ténis. Foi ao quarto onde estavam as malas e os casacos. A porta estava fechada, e , como nignuém respondeu, entrou.
"Desculpa, não sabia que estava aqui alguém, posso entrar?"
"claro!", disse um (giro) (muito giro) desconhecido. Enquanto ela trocava os sapatos, ouvia-o a mexer e remexer os casacos e as malas. "não encontro o meu telemóvel...", "queres que te telefone?" , "está em silêncio..." Ele continuava a remexer as coisas todas. "há quando tempo conheces a Maria?", perguntou Izzie. "há muito tempo, mesmo, e tu?" , "desde os anos, acho que nada bate..!" , "pois não", disse ele, sorrindo.
Izzie sorriu. "O que foi?" e ela respondeu "já não ficas com o meu número". "Mas queres dar-me o teu número?" , "tu queres que o dê?" , "tu é que querias!" , "eu?" , "vá, dá lá..." , "afinal queres..."
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
Ver post paralelo em www.lado-oculto.blogspot.com
Desconhecidos
O metro nunca mais chegava.
Izzie já estava atrasada para ir ter com uma amiga, e ainda tinha que mudar de metro na estação seguinte e sair na última estação da linha seguinte.
A estação estava quase deserta.
Depois dela, desceu à estação um qualquer rapaz, igual aos outros todos. Tinha o seu estilo. Estava sozinho.
O metro chegou.
Izzie entrou para o metro e rezou as suas orações matinais. Parou na estação seguinte para trocar a linha de metro.
Quando olhou para o lado, lá estava ele. O mesmo que tinha entrado na estação em que Izzie entrara.
Estavam longe, mas não por muito tempo. Aos poucos, davam pequenos passos para se aproximarem um do outro. Ela não percebia porque estava a agir assim. Mas estava a divertir-se.
Entraram os dois para a mesma carruagem, quando o segundo metro chegou. Os bancos eram daqueles que são quatro em quadrado: dois virados para dois, e ele sentou-se num deles, encostado à janela, ao fundo da carruagem.
Izzie sentou-se na sua diagonal, no banco da frente.
Ele riu-se.
Ela sorriu.
Ela pôs os pés em cima do banco da frente dela.
Ele pôs um pé em cima do banco da frente, ao lado do banco dela.
Ela riu-se.
Ele riu-se.
De vez em quando ele olhava para ela, discretamente. Ela sentia o olhar. Ela também o fazia, mas de maneira que os olhares não se cruzassem.
Mesmo assim, cruzaram-se.
Izzie reparou que ele tinha uma t-shirt de um concerto ao qual ela também tinha ido.
"Engraçado", pensou ela, "hoje de manhã pensei em trazer a minha. aaaaai, devia tê-a vestido!"
Izzie queria, queria! meter conversa, mas cada vez que abria a boca, não saía nada...
As estações iam passando.
As pessoas iam entrando e saindo, e nenhuma delas reparava no que ali se passava.
Sem saber porquê, de repente, as palavras saíram-lhe da boca:
"Foste ao concerto do JJ?"
Ele olhou-a surpreendido, olhou para a t-shirt e disse "aaaah, a t-shirt! fui, fui! foste?"
"Fui. Adorei"
A partir daí começaram a falar de concertos e Izzie soube que ele tinha ido a mais concertos do que ela iria a vida toda. E muitos dos quais ela tinha pensado em ir ver. Soube que ele era das CdR, e não de Lisboa. Ficava cá durante a semana e ao fim de semana ia ter com a família. Descobriram que moravam perto, em Lisboa.
A conversa ia saindo quando o metro parou na penúltima estação. Ele levantou-se, "Tenho que ir, tchau".
Ela olhou para ele e disse "adeus..."
E viu-o ir-se embora.
Lembrou-se que não sabia o nome dele. Ficou com pena.
Mas Sorriu.
Estava contente, ou quase.
A única coisa que queria era saber o seu nome.
A partir daí, Izzie, sempre que saía de casa olhava em volta, em todas as direcções, para toda a gente, à procura da cara daquela pessoa.
Ela sentia-se vazia, queria saber mais dele.
Ele, o desconhecido.
Desconhecidos
O metro nunca mais chegava.
Izzie já estava atrasada para ir ter com uma amiga, e ainda tinha que mudar de metro na estação seguinte e sair na última estação da linha seguinte.
A estação estava quase deserta.
Depois dela, desceu à estação um qualquer rapaz, igual aos outros todos. Tinha o seu estilo. Estava sozinho.
O metro chegou.
Izzie entrou para o metro e rezou as suas orações matinais. Parou na estação seguinte para trocar a linha de metro.
Quando olhou para o lado, lá estava ele. O mesmo que tinha entrado na estação em que Izzie entrara.
Estavam longe, mas não por muito tempo. Aos poucos, davam pequenos passos para se aproximarem um do outro. Ela não percebia porque estava a agir assim. Mas estava a divertir-se.
Entraram os dois para a mesma carruagem, quando o segundo metro chegou. Os bancos eram daqueles que são quatro em quadrado: dois virados para dois, e ele sentou-se num deles, encostado à janela, ao fundo da carruagem.
Izzie sentou-se na sua diagonal, no banco da frente.
Ele riu-se.
Ela sorriu.
Ela pôs os pés em cima do banco da frente dela.
Ele pôs um pé em cima do banco da frente, ao lado do banco dela.
Ela riu-se.
Ele riu-se.
De vez em quando ele olhava para ela, discretamente. Ela sentia o olhar. Ela também o fazia, mas de maneira que os olhares não se cruzassem.
Mesmo assim, cruzaram-se.
Izzie reparou que ele tinha uma t-shirt de um concerto ao qual ela também tinha ido.
"Engraçado", pensou ela, "hoje de manhã pensei em trazer a minha. aaaaai, devia tê-a vestido!"
Izzie queria, queria! meter conversa, mas cada vez que abria a boca, não saía nada...
As estações iam passando.
As pessoas iam entrando e saindo, e nenhuma delas reparava no que ali se passava.
Sem saber porquê, de repente, as palavras saíram-lhe da boca:
"Foste ao concerto do JJ?"
Ele olhou-a surpreendido, olhou para a t-shirt e disse "aaaah, a t-shirt! fui, fui! foste?"
"Fui. Adorei"
A partir daí começaram a falar de concertos e Izzie soube que ele tinha ido a mais concertos do que ela iria a vida toda. E muitos dos quais ela tinha pensado em ir ver. Soube que ele era das CdR, e não de Lisboa. Ficava cá durante a semana e ao fim de semana ia ter com a família. Descobriram que moravam perto, em Lisboa.
A conversa ia saindo quando o metro parou na penúltima estação. Ele levantou-se, "Tenho que ir, tchau".
Ela olhou para ele e disse "adeus..."
E viu-o ir-se embora.
Lembrou-se que não sabia o nome dele. Ficou com pena.
Mas Sorriu.
Estava contente, ou quase.
A única coisa que queria era saber o seu nome.
A partir daí, Izzie, sempre que saía de casa olhava em volta, em todas as direcções, para toda a gente, à procura da cara daquela pessoa.
Ela sentia-se vazia, queria saber mais dele.
Ele, o desconhecido.
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