Olho à volta e suspiro. Páro para escutar o que conheço, o som do meu quarto. Esvaziado, contemplo as paredes com as momórias que me trazem. Concentro-me, penso para dentro “são só 6 meses”. Sim, são. Mas distante disto, vou viver por muitos mais. Sento-me em cima da mesa, pés na cadeira. Respiro fundo mais uma vez , “está quase…” . Sorrio e tremo, anseio e derramo saudade de quem ainda não partiu. E aquilo de que me mais vai custar separar, mais vai dar um empurrão para olhar em frente. “Vai ser inesquecível”, prometo-me.
“Está quase…”
Mostrar mensagens com a etiqueta Erasmus. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Erasmus. Mostrar todas as mensagens
sábado, 4 de setembro de 2010
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Pés em terra
Pés bem assentes na terra? Sim, mas em breve noutra terra.
E, pensando bem, é bom não ter os pés tão assentes assim...!

Viajar? Para viajar basta existir. Vou de dia para dia, como de estação para estação, no comboio do meu corpo, ou do meu destino, debruçado sobre as ruas e as praças, sobre os gesto e os rostos, sempre iguais e sempre diferentes, como , afinal, as paisagens são. Se imagino, vejo. Que mais faço eu se viajo? Só a fraqueza extrema da imaginação justifica que se tenha que deslocar para sentir.
(Bernardo Soares por Fernando Pessoa in Livro do Dessassossego)
Subscrever:
Mensagens (Atom)