não está lá.
Até a memória desapareceu.
Porque é que tudo muda com a distância? Porque é que faz bem durante poucos dias e faz mal durante dias de mais? Quando sabemos que estamos a passar a fronteira entre o suficientemente bom e o demais?
Às vezes as grandes distâncias trazem-nos mais perto, unem-nos, fortalecem-nos. Mas outras, quando demasiado conscientes disto, quebram. Estragam, rasgam. E não deixam senão saudade e desejo de voltar atrás. Vontade de abrir a porta e correr até onde nunca fomos, atrás do que queremos ser. Mas nem sempre queremos, de facto sê-lo. É a curiosidade de saber o que não aconteceu, saber o que teria sido. E se soubéssemos, de pudéssemos saber, .... tudo seria diferente.
E, de olhos destapados, apercebemo-nos de que temos à frente o que é. O que realmente é. O que não é imaginado mas real, o que temos e ... queremos gostar. O que temos é resultado do que aconteceu, das distâncias maiores e menores sucessivas que se foram criando. O que somos é o que vivemos, é o que percorremos. É o que deixámos e vamos deixando ir.
Deixamos cair a mão solta e ...
... que coisa natural,
a distância.
1 comentário:
Ja n vinha cá ha mt tempo mas adorei este texto, mt simples e directo ao q todos ja sentimos alguma vez!;) bjao
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