segunda-feira, 14 de novembro de 2011

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Índia

Onde quer que esteja, hei-de ter sempre saudades. Não importa o onde ou o quando, mas, o meu estado natural é... com saudades. E se não é com saudades, é a ansiar por algo. É como ter saudades de uma coisa que ainda não aconteceu.

Mesmo quando tudo está em pleno, mesmo quando tudo está finalmente assente e construído como tem que ser, há sempre qualquer coisa que falta. Qualquer coisa que me tira daqui.
E por isso construo projectos, admiro as viagens de outras pessoas e vou aprendendo a direccionar as minhas ânsias.

Se há coisa que vou percebendo, é que não tenho certezas. Há uns anos era capaz de dizer exactamente como "ia acontecer" a minha vida, num prazo de 10 anos. Mas hoje, sei que a graça disto tudo é aventurar-me e ir vivendo cada dia. E isto não implica não ter projectos - pelo contrário: digo já onde quero passar um mês no Verão do próximo ano e por agora... vou vendo as coisas a acontecer.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

(Mais Pessoa)

Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos. 


(Boa sorte, Erasmistas e viajantes!)

terça-feira, 7 de junho de 2011

"Convite ao Universo com a tua própria câmara"

Para o meu trabalho final de fotografia, escolhi o tema "Luz Vaga" que é uma música dos Mesa (podem ouvir aqui). Não percam a letra da música: genial!
Eis as 10 fotografias finais. Com "clic" as imagens aumentam ;)
Estão por ordem!










Agradecimentos: Joana M.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

"Não posso, tenho que estudar"

O que é que aconteceu ao "não posso, o meu pai não me deixa"?
Bons velhos tempos em que os maus da fita não eramos nós mas sim as forças incontestáveis de quem tinha o poder sobre tudo o que acontecia debaixo daquele tecto.
Mas,
mudam-se os tempos...muda-se a pespectiva.
Sempre que os convites se estendem a mais do que 2 pessoas para qualquer evento, somos confrontados com a realidade dos factos:
o bom português é criativo.
Se, infelizmente, não vou contar com esta ou aquela pessoa na minha festa, pelo menos posso deleitar-me com a originalidade das mensagens de "cortes" (Sim, mensagens! Porque hoje em dia nem há as decências mínimas de telefonar a agradecer o convite).
Atenção que isto não se passa só no "prazo da resposta" (sabem!, aquele prazo típico que vem nas mensagens para uns dias antes do evento). Hoje em dia até no dia seguinte do evento podemos receber mensagens a pedir desculpa não ter ido.
E quando achava qye já as sabia todas.... *bip*:
"Desculpa, a sério! Não vou mesmo poder ir porque hoje tive trabalho de grupo e nunca mais despachamos isto! Até tive a semana toda a adientar trabalho para ir aí, mas a culpa não é minha! Ah, e os meus pais marcaram hoje um jantar (eu nem sonhava!) e tenho mesmo que ir..."
Mas isto não se aplica só às festas.
Sejamos francos:
é, de facto, uma "justificação" muito funcional, flexível e bastante útil. Quando estamos chateados com alguem que nos convida para um café, o "estudo" (muitas aspas, atenção!) vem em nosso auxílio. Ou simplesmente porque não queremos levantar o nosso rabo gordo do sofá e do conforto do "lar doce lar".
Melhor:
quando queremos combinar outra coisa qualquer. Ahahah, fatal!
Respirem fundo, não vou revelar mais "oportunidades".
Até porque, às vezes...temos MESMO que estudar. A questão, essa só a levanto quando sei que na noite anterior não se preocuparam com o estudo - ou me disse o nosso amigo comum ou ...o facebook. Sim, aquele sacana "taggou-te" cedo demais...perdão.

A nossa crescente cobardia tem vindo a mostrar as nossas melhores qualidades - a criatividade, o timming ou a notável consciencialização da necessidade do estudo.
Enfim,
é o mundo em que vivemos.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Quando os gritos do mundo ofuscam a alma

Que sentimento estranho, esse de ver imagens que expressam melhor do que palavras aquilo que a alma quer gritar. 

terça-feira, 5 de abril de 2011

Saltar

Dizem que devemos perseguir os nossos sonhos, as nossas perspectivas até ao fim. Mas até que ponto?
Hoje sinto que a cada dia que passa vou constuindo a visão do meu futuro-utópico ou, pelo menos, aquilo que fundamentará o que vou criar e desenvolver na minha vida. O meu "sonho" de há uns anos atrás em nada se pode comparar com o que hoje sonho para o futuro.
Sabem quando nos dão um tema para um trabalho de uma cadeira de que gostamos e a nossa imaginação começa a explodir ideias? Até que...nos dizem que é um trabalho de grupo. Quão difícil se pode tornar o dar um passo atrás para que o projecto possa ser feito igualmente por todas as partes. E tantas, tantas vezes gostei muito mais do resultado final do que aquele que tinha imaginado sozinha. 
A vida futura também pode ser perspectivada com horizontes que não são nossos. Ou pelo menos que não eram - até que foram sugeridos. E, aí, esse tempo e sítio para onde caminhamos podem ser tão mais "apetitosos" do que os nossos projectos anteriores.
A segurança que nos dá ter horizontes bem definidos, fixos e talvez não tão abrangentes, .... não é má. Mas é apenas isso... jogar pelo seguro. Mas saltar para o abismo de um mundo à nossa espera é tão mais assustador quanto entusiasmante. E, em tempos de crise, quantas vezes não é esse salto que nos acaba por salvar. 

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Crash into me

Anestesiante.
Cada vez que oiço esta música, o mundo pára. Parece que fico cega, que os meus olhos deixam de funcionar e que, de repente, a minha percepção do mundo é aquela música. Só ela me faz perceber. E, ainda assim, voo para um espaço em que não consigo identificar caras nem momentos. São memórias sem legenda, são sentimentos que me lembro de sentir, mas não sei quando. Tento percorrer o meu friso cronológico dos acontecimentos e pessoas que de alguma maneira mexeram comigo, mas nada, não consigo responder-me. Desisto de perceber. Calo a minha insistência e deixo-me levar.  Nem oiço a letra, é só a melodia e a conjunção perfeita entre acordes e voz.
Fico ali - onde quer que esteja - a flutuar na música.