quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Confissões
Hoje tocaram-me bem fundo.
Bem, BEM lá no fundo.
Sabem quando se atira uma pedra ao poço e não se houve o "shlop"? tão fundo assim.

Numa simples conversa de apresentação entusiasta dO Livro do Visonário a uma (GRANDE) amiga, ela ficou com as lágrimas nos olhos.

Disse-me coisas que nunca, nunca vou esquecer.
De repente disse o que via em mim, e fiqei sem palavras.

E, se algumas vezes disse que tinha ficado sem palavras, não sabia o que isso era.
Ela viu-me como nunca me tinham dito. Disse coisas em que nunca tinha pensado. Chorou comigo, sem ter dito nada de mais. A olhar para mim.
Só consegui abraçá-la e agradecer. Tentei explicar o que mais me tinha mudado, mas difícilmente consegui...

São muitas as coisas que nos mudam, que nos tornam melhores..
Algumas amizades, alguns livros ou frases, momentos, pensamentos.

Ultimamente tenho-me apercebido da quantidade de gente de quem gosto, muito, ou adoro e que não lhe tenho dito. Há quem saiba, há quem não saiba. Se morresse amanhã, hoje de certo diria a toda a gente, pelo menos tentaria... Mas vivo naquele conformismo de "amanhã é mais um dia" e já não tenho o ímpeto para dizer. Passei do dizer exageradamente "adoro-te's" (como qualquer adolescente) a toda a gente, por deixar de dizê-los. Até que ponto faziam sentido, já? até que ponto os gastei?
Hoje sinto que os levei à máquina e ficaram bem nítidos os meus adoro-te's a sério. A SÉRIO.
Tive essa necessidade, ou mais que isso, tive essa vontade.

Apetece-me ir ter comtodas as pessoas de quem mais gosto e gritar ADORO-TE.
Mas isto hoje..
E amanhã? Ainda me apetecerá?
Ainda terei esta vontade em mim?
São ainda estas as pessoas que adoro? Ou mais ainda?
Ainda tentarei viver em vez de sobreviver?

Para além de tudo o que hoje me marcou, mais que tudo, foi o abraço dela.
Agarrou-me a mim e à minha amizade,
Nem sabe como lhe agradeço.

Obrigada Rita,
adoro-te e sabes que sim.

Se vivo cada dia a sério? Se agarro mais o momento? Se reflicto mais?
Talvez.
Mas quero fazê-lo contigo.

8 comentários:

(n)Ana disse...

Miúda... dás-me cabo do coração com estes teus posts...
Curioso como praticamente não te conheço e como me revejo em tantas coisas que escreves. :o)

E ficar sem palavras assim, perante alguém que nos toca, não é tão bom?
"Palavras? Leva-as a vento..."
Há silêncios que dizem tudo, né Cacao?
Um grande beijo.

Susana Pereira disse...

também me tenho apercebido disso, silenciosamente, ao longo deste ano.
Há pequenos momentos em que estou com aquelas pessoas que mais me tocam e que nem me apercebo que vivo nesse conformismo e que posso um dia não voltar a vê-las. Há dias em que me apetece abraçar todos os meus amigos, estar perto deles, dar-lhes atenção, fazer com que todas as saudades do mundo fiquem para trás e possa dizer: "aproveitei realmente os momentos que estive com ela/e".

A nossa turma tem me dado vontade de fazer isso várias vezes ao longo deste ano. O facto de pensar que estes serão os últimos tempos que vamos estar juntas como turma, faz-me chorar e pensar naquilo que poderia e queria fazer mais convosco, faz-me pensar que ficou tanto por fazer, organizar, dizer e expressar, faz-me sentir que vocês não sonham o quao importantes foram e são para mim e para a construção da minha personalidade. Sem todas vocês eu não era sem dúvida a mesma e a aquele colégio mudou-me para sempre, mesmo muito.
Hoje, foi engraçado ver aquela experiência que trouxeste para a aula. Foi engraçado ver que aquilo que penso de todas vocês de certa maneira correspondeu. As qualidade de todas ficaram expressas naqueles desenhos de uma maneira tão ingénua e tão simples, que me fez pensar que realmente é mesmo bom poder transformar as aulas num reconhecimento do outro. Mais uma vez, se não estivessemos naquele colégio nada disto tinha acontecido, não teriamos uma professora que nos deixaria disperçar da verdadeira matéria; não teriamos amigas daquelas que estão mesmo enraízadas em nós, como estão os nossos valores e as nossas bases.

Carolina, eu digo.te que sem saber a quem te referes, também me senti como tu te sentiste ao ver a minha turma, a minha turma Perfeita hoje, a desenhar em conjunto e a fazer um jogo de comunicação tão giro que tu trouxeste para a aula.

OBRIGADA cacao, Serio, Obrigada Mesmo por Tudo :D

e Sim, eu ADORO-TE :P xDDD

Muitos Beijinhos,
Susana

Susana Pereira disse...

já me fizeste chorar hoje.. e eu que não sou de lamechices!

Susana Pereira disse...

so uma coisa, já sei quem é :P

mari rits disse...

O telefone tocou. Eu estava sozinha em casa e prestes a sair. Vim a correr a procura do telefone,mas nao funcionava. Tive de atender em alta voz(que nao se ouve muito bem).Após gritar um "ESTOUUUU?!" alguem gritou do outro lado: "Estou,fala de casa da Rita?".Adivinhe-se,era a Cacau!heheheh

Tive o pressentimento que este era um daqueles posts..enfim..DAQUELES. E na verdade ainda era mais DAQUELES do que eu estava a espera.So de o ler revivi aqueles momentos todos,enfim,senti tudo outra vez.Chorei outra vez.Mas desta vez nao estava abraçada a ti,nem olhaste para mim a dizer:"Rita...!",nem lançaste aquele olhar que quem espera tudo menos que a pessoa com quem ta a ter uma conversa civilizada comece a debitar uma cambada de coisas vindas bem de la-nao-sei-onde.
Comecei este coment a achar que tinha imensa coisa para dizer mas sei que nada do que eu digo vai traduzir exactamente o que nos as duas ja sabemos.
Obrigada pelo post.Obrigada pelos momentos. Obrigada pela partilha. Obrigada pelo que es. Pelo que sou graças a ti. Por tudo o que significas e pelas parvoices que ja vivemos juntas. Obrigada por teres entrado comigo pelo portao do jamboree e por termos partilhado os ultimos momentos dele.Obrigada pelas musicas que ja cantamos em dueto manhoso("voces cantam tao bem..!"). Obrigada por nos termos feito crescer uma a outra.

(ora bolas,la estou eu outra vez...)

Cacao disse...

ora bolas, cá estou eu!

1025 disse...

How are you ? what”s wonderful site!

Francisca Soromenho disse...

que bonita amizade, que grande post.
:D adorei, e é verdade. engraçado como tomamos as coisas por garantido até levarmos um abanão.