sexta-feira, 21 de março de 2008

Até que...
« O dono de um pequeno comércio, amigo do grande poeta Olavo Bilac abordou-o um dia na rua: "Sr. Bilac, queria vender a minha quinta, que o snhor tão bem conhece. Seria pedri-lhe muito que redigisse o anúncio para o jornal?" Olavo Bilac pegou no papel e escreveu: "Vende-se encantadora propriedade onde cantam os pássaros ao amanhecer no extenso arvoredo, cortada por cristalinas e mareantes águas de um ribeiro. A casa, banhada pelo sol nascente, oferece a sombra tranquila das tardes, na varanda." Meses depois, o poeta encontra-se com o mesmo homem e pergunta-lhe se já tinha conseguido vender a quinta. "Nem pensei mais nisso", disse o homem ,"Quando li o anúncio é quepecebi a maravilha que tinha."»*

Quantas vezes os nosso tesouros não nos passam ao lado, deixamo-los pra trás,
até que...
alguém o encontra de novo. Aí olhamos para trás e lamentamo-nos te-lo deixado passar.
Tantas vezes, tantas vezes...

Cada vez mais.
Sem darmos por eles,
os tesouros escondidos.

*Texto do Livro do Visionário

5 comentários:

Susana Pereira disse...

Muito bem escrito mesmo! História muito muito gira que nos ajuda a pensar! :D

(n)Ana disse...

O minha querida... tantas tantas...

Mas a vida continua... e "para a frente é que é o caminho"... :o)
Sabes uma coisa?
Este texto foi o primeiro que li quando abri o livro da primeira vez. :o)
coincidências :oD
Beijo grande

Cacao disse...

que girooooooooooo

Isto faz-me uma melancolia...!

Cacao disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
mari rits disse...

no comboio para o acampamento passou por mim um escuteiro sei la de onde com esse livro.E claro que me fez sorrir:)

Tantas vezes mesmo...por isso e que devemos olhar mais do que uma vez antes de decidir seja o que for.

Mas é assim mesmo..e de que serve ficar presos a decisoes passadas se ainda temos tantas pela frente?