sábado, 16 de outubro de 2010

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2 comentários:

Anónimo disse...

;-)

Anónimo disse...

Dás-me uma ajuda com o seguinte texto? A tua opinião é bem vinda, qualquer que ela seja...


O texto é um pouco ríspido, pois é fruto das minhas experiências, não tão agradáveis quanto desejaria.

É um resumo do que vivi até agora...

Espero que gostes ;-)




Mulher

Que animal mais inconstante,

Diz-nos sim, diz-nos não,

Diz-nos sim e não,

É a contradição viva.

E, no entanto, sim,sim e sim quer ouvir...



Tenho tentado, a sério que tenho tenho, mas por alguma razão que me transcende, não tenho conseguido compreender-te. Sinto-me perdido. Não eras tu, supostamente, o meu resguardo, a minha âncora, aquela a quem me poderia cingir, abraçar para, aí, restar em serenidade? Não foste tu que me criaste e amaste durante a minha infância?

Terei mudado assim tanto, tornando-me desprezível aos teus olhos? Pois bem, desde esse período, tens sido a minha principal fonte de desgosto e, eu, sequioso da tua doçura, nada mais tenho recebido de ti que a tua bílis, esse fluido impróprio. És volúvel e volátil; o mais leve sussurro despropositado faz-te irascível, áspera. Este maravilhoso poder de transformação deve-se, certamente, à tua índole especial. A tua aparente tranquilidade mascara uma inclemência subtil.

Ahhhhh!!!

Quero gritar, uivar, bradar aos céus. Porquê? Por vezes, julgo ter conseguido selar-te além, para lá ... Mais errado, porém, não poderia estar. Com uma facilidade estonteante, de novo, me relembras, e redespertas em mim esse ardor conflituoso.

Espicaças-me, impiedosamente, com as tuas bandarilhas para saciedade voluptuosa dos teus sentidos.

Vês-me resfolegar do esforço que despendo, aquando das minhas vãs tentativas de chegar a um 'concílio', no teu sadismo passivo.

Entretanto, aquele que te objectifica, que anseia por te usar, que com sua língua viperina, te sibila ternamente, ao ouvido, mensagens puídas em outras como tu, é exultado. E à laia de vencedor, tu premeia-lo(?) com compaixão, compreensão e, te deleitas nos seus braços. É isso que desejas? Esse esterquilínio caiado de fingimento?

Apesar de tudo, estou esperançoso que nos conciliemos, pois sou um resquício errante, uma amostra daquilo cujo em tempos fui, completo.



No começo, chamava-te Mãe, agora, se me receberes, Esposa, no futuro, se para tal for agraciado, Filha.


I.G.,
Domingo,
17 de Outubro de 2010.