quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Eu não tenho a mania dos "enfim"!

Como já devem andar fartos de tanta fotografia, fica só mais uuuma!
The last one! ainda tinha umas na manga, mas este blog de repente encheu-se de pic's e já enjoa...


Anyway,
recebi pela centésima vez um email que começa com "Afinal o nosso sistema de ensino ainda cria jovens inteligentes!" e seguem-se 1001 piadas que quase podiam ser do "menino Tonecas" (eiiishhh onde é que isso já vai!)
Bem, isto para dizer que me ri com uma que até já conhecia, mas já me tinha esquecido. E por favor tirem-me o título das piadas sêcas porque vocêees é que não se riem! Não tenho culpa que sejam uns carrancudos e q não achem piada às pegadas das patinhas do elefante na manteiga (isto na piada "Como é que se descobre que esteve um elefante no frigorífico?").

Até porque não sou eu que tenho um blog só com piadas secas...(Não quero dizer nomes.. mas... Tomás... CB ... depois não te queixes das minhas! Esta próxima é para ti! )

Professor: Pode dizer-me o nome de cinco coisas que contenham leite?
Aluno: Sim, senhor professor, um queijo e quatro vacas.


Ahahahah
vá vá, riram-se?
teeeem piada!

Quem viu os óscares?
O Slumdog millionaire ganhou barrotes (isto é mm expressão à minha irmã J, nãaaaaao, já me basta sermos parecidas de cara... [eheheh] ) de óscars (8, p ser mais precisa) e deu alto baile ao Benjamim Botão (adoro esta tradução) !
Já vi, e é lindo lindo lindo. Vale imensa a pena ver. E depois ler o artigo do Sol (ou expresso... ?) sobre os casos portugueses deste concurso.
Enfim,
fica a sugestão!

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Irresistíveis

Irresistíveis paisagens para tirar fotografias.
Fui hoje com a T ao jardim apanhar solinho e tive q levar a maquina outra vez.



E enquanto estava deitada à sombra da bananeira (que nao era uma bananeira - e ainda tenho q descobrir q árvore é.. - mas enfim), tirei esta:

Não a rodei de propósito, foi tirada nesta direcção.

Ficam mais registos de uma tarde de sol!

Quando os trabalhos de casa dão resultado...

Claro que dão resultado, apesar de ser o pior.
Mas no Canadá, numa escola de Toronto, dão mais que resultados.
Foi proposto à turma uma competição entre vídeos caseitos e uma raparida de 12 anos escolheu um tema com uma "controvérsia assombrosa": o aborto.

Eis um excerto da notícia (em brasileiro) que recebi por email:
"Lia escolheu o tema contra a opinião da mãe, como esta contou. A professora era uma feminista abortista (pelo direito de decidir), mas teve que ceder diante da convicção pura e corajosa da aluna.
O painel de juízes da escola não quis aceitar o tema. Até um dos juízes abandonou a sala em ato de protesta e apresentou renúncia.
Lia não arredou. É verdade que tinha o apoio entusiasta e unânime dos alunos e muitos professores.
Lia acabou levando o primeiro prêmio, fato que a qualifica para entrar no concurso regional.
"

A miúda fala mesmo bem, vale a pena ver o vídeo!
Como ela fala depressa, não se torna nada cansativo ;)

(Com legendas em brásilêro)

sábado, 21 de fevereiro de 2009

outra!

E mais uma!

Ja viram o q nos passa ao lado todos os dias....?

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Pormenores em grande

E no outro dia tb estive a fazer experiências na varanda, eheheh.
Esta também nao tem qq tipo de alterações, a não ser o "copyright" com o meu nome no canto inferior direito. Já começa a tornar-se hábito :)


quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

SOL(ÃO)!

Hoje esteve aaaaaalto dia de sol! alto solão!
Cheguei a casa dps das aulas e nem tirei o casaco. Disse em casa "Olá! vou sair para tirar ftgs!", e mal fechei a porta da rua, abri-a outra vez.
Desta vez tava tao tao tao tao bom tempo que as fotografias não precisam de nenhum toque na cor. :

Só assinei pq hoje em dia, já se sabe q as ftgs circulam mt...
Aliás, uma vez uma amiga minha, a J, descobriu uma ftg q ela tirou no castelo de S.Jorge no blog de alguém que nem conhecia.
É para evitar essas coisas que ass(ass)ino as ftgs! (Assassino as ftgs pq estraga um bcd ter uma assinatura ali de lado...)

Mas enfim, o sol mexe mesmo com o meu estado de espírito...! Ando aqui com uns "problemazinhos" a remoer na mioleira e pffff, foi mesmo HAKUNA MATATA e telefonei a um amigo a dizer "PACIÊNCIA, nao quero saber! ESTÁ SOL!"

(entretanto, nem vou descrever as duas horas de aula de condução.. aquele instrutor deixa-me a cabeça a fervilhar...claro que aqui já não há Hakunas Matata's porque... era de noite. ahahahah)

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Conversas sobre o tempo

Anda tudo muy parado. Que sèche (que seca, durssttt) .
Voltei à rotina da faculdade e as inspirações... caput!

O meu instrutor de condução está doente, então tive q mudar as aulas todas desta semana p outros 2. Ontem tive com o único instrutor em cujas aulas já adormeci (à seria...!) e, mesmo depois de me terem dito que era de loucos, percebi que .. É MESMO DE LOUCOS! odiei, com todas as letras, a aula. os piores 45 minutos da minha historia naquela escola. Não tenho culpa de so ter tido 5 aulas e sempre num carro a gasóleo. agora de repente põe-me num toyota a gasolina e está a espera q eu nao deixe o carro ir abaixo! e não largava nem o volante nem os pedais, eu NAO toquei no volante, de todo! E depois de na 3ª aula ter levado com "a menina conduz muito bem! já podia fazer amnhã o exame!", fiquei com a moral em baixo. Ou não. Já tinha ouvido falar do atentado que é aquela personagem deste intrutor "novo". O big prob é q amnha tenho duas SEGUIDAS com ele. baaaaah, i'm gonna diiiie.... Vai ser com grande esforço... enfim.

P a semana é Carnaval! já! tão cedo! ainda mal o ano começou...!
Enfim, uma fériazinha sabe sempre bem. Se bem q é com trabalhos à mixtura.
Enfiiiiiim,
tá bom o tempo, não está?

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Finalmente, o que falta no dicionário

Recebi um email da minha madre e desta vez tinha mesmo piada.
Palavras para quê, eis o conteúdo:
(se estiverem com pressa ou sem paciência p ler, leiam um ou dois que vale MESMO a pena! ;) )


Alevantar
O acto de levantar com convicção, com o ar de 'a mim ninguém me come por parvo!... alevantei-me e fui-me embora!'.

Amandar
O acto de atirar com força: 'O guarda-redes amandou a bola para bem longe'

Aspergic
Medicamento português que mistura Aspegic com Aspirina.

Assentar
O acto de sentar, só que com muita força, como fosse um tijolo a cair no cimento.

Capom
Porta de motor de carros que quando se fecha faz POM!

Destrocar
Trocar várias vezes a mesma nota até ficarmos com a mesma.

Disvorciada
Mulher que se diz por aí que se vai divorciar.

É assim...
Talvez a maior evolução da língua portuguesa. Termo que não quer dizer nada e não serve para nada. Deve ser colocado no início de qualquer frase. Muito utilizado por jornalistas e intelectuais.

Entropeçar
Tropeçar duas vezes seguidas.

Êros
Moeda alternativa ao Euro, adoptada por alguns portugueses.

Falastes, dissestes...
Articulação na 4ª pessoa do singular. Ex.: eu falei, tu falaste, ele falou, TU FALASTES..

Fracturação
O resultado da soma do consumo de clientes em qualquer casa comercial. Casa que não fractura... não predura.

Há-des
Verbo 'haver' na 2ª pessoa do singular: 'Eu hei-de cá vir um dia; tu há-des cá vir um dia...'

Inclusiver
Forma de expressar que percebemos de um assunto. E digo mais: eu inclusiver acho esta palavra muita gira. Também existe a variante 'Inclusivel'.


A forma mais prática de articular a palavra MEU e dar um ar afro à língua portuguesa, como 'bué' ou 'maning'. Ex.: Atão mô, tudo bem?

Númaro
Também com a vertente 'númbaro'. Já está na Assembleia da República uma proposta de lei para se deixar de utilizar a palavra NÚMERO, a qual está em claro desuso. Por mim, acho um bom númaro!

Parteleira
Local ideal para guardar os livros de Protuguês do tempo da escola.

Perssunal
O contrário de amador. Muito utilizado por jogadores de futebol. Ex.: 'Sou perssunal de futebol'. Dica: deve ser articulada de forma rápida.

Pitaxio
Aperitivo da classe do 'mindoím'.

Prontus
Usar o mais possível. É só dar vontade e podemos sempre soltar um 'prontus'! Fica sempre bem.

Quaise
Também é uma palavra muito apreciada pelos nossos pseudo-intelectuais... Ainda não percebi muito bem o quer dizer, mas o problema deve ser meu.

Stander
Local de venda. A forma mais famosa é, sem dúvida, o 'stander' de automóveis. O 'stander' é um dos grandes clássicos do 'português da cromagem'...

Tipo
Juntamente com o 'É assim', faz parte das grandes evoluções da língua portuguesa. Também sem querer dizer nada, e não servindo para nada, pode ser usado quando se quiser, porque nunca está errado, nem certo. É assim... tipo, tás a ver?

Treuze
Palavras para quê? Todos nós conhecemos o númaro treuze.



Falta a iágua, mas esse fica p depois ;)

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Ponto por ponto

Várias coisinhas:
(vê-se mesmo que não tenho um tema específico p escrever aqui, nem nada de grandes inspirações, por isso tenho que me sujeitar a isto... mas tenho desculpa: tou cheia de sooooono!)

1. Já acabei o códigoooooo! (e adormeci à grande na última aula... tive que recorrer às mensagens pelo tlm - mas acabei por ir adormecendo tb a mandar as msgs - e depois ao iPod - escondido debaixo do casaco - parece que resultou.... )

2. Missionários:
2.1 obrigada pelos comentários, tem sido óptimo ler os vossos testemunhos! Por falar nisso, já leram os testemunhos da Catarina F e do João (aliás, acho q o testimonial (eishhhh, onde é q o hi5 já vaaaai... aos anos...!) que está no blog "Tá muita bom" é de outra pessoa que não o João, mas isso amnha descobre-se!)
2.2 amanhã não quero baldas ao nosso jantar (encontro número 3425 depois das missões, ahahah), em casa do Berna! tudo lá!

3. (E só pq me apetece ter conversas sobre o tempo: ) Diz que amanhã vai estar o piooor temporal de sempre!

4. O desenho p o concurso p a t-shirt das ejNS vai-se compondo... Já mandei um e estou a fazer o 2º... gosto mais deste 2º, actually!

5. Este anúncio é de rir:

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Pequenas "achegas"

Missionários! Eis a resposta para as perguntas que surgiram durante o nosso mega lunch!
Watergate (Para o Miguel Belo) : ver aqui
Jet Lag (para a Rita Moore) : ver aqui

Esclarecidos? ahahahah

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Missões 2009

Bem, todos sabem o problema que é começar estes testemunhos...!
Nunca se sabe nem por onde começar, nem o que dizer, nem ... onde parar..!
E já sabem como é que sou, quando começo....


Durante uma semana fui com um grupo de 35 pessoas para Arraiolos, fazer algo que se chama "missionar". Não sabia muito bem o que era, nunca tinha feito isso, conhecia 2 ou 3 pessoas, ia às cegas. Nem sabia bem porque é que ia perder uma semana inteira de férias para ir para algum sítio perder horas de sono, dormir em chão de pedra (Sejam reais, os colchões fininhos é como se lá não estivessem..), saltar os lanches, andar à chuva, morrer de frio... alias, so me apercebi que tudo isto aconteceu no fim.

Antes de mais, lembro só que as Missões mudam de sítio em cada 3 anos. Este foi o 3º e último ano de missões em Arraiolos. Portanto: tínhamos que aproveitar o que foi dito e feito nos anos anteriores e acabar em grande, com sementes espalhadas pela Vila.

No primeiro dia, Domingo, foi o mini-retiro que fizemos que nos preparou o "espírito" para o que estava para vir. Acho que só aí é que pensei a sério no que é que estava ali a fazer e a que é que me propunha. Foi importantíssimo, estava mesmo a precisar deste contacto mais a sério com O de lá de cima , há algum tempo que não lhe dava a atenção que precisavamos (eu e Ele), há algum tempo que não parava para O ouvir.
Mais tarde, recebemos as t-shirts encarnadas com o slogan "Dá-Me de beber" e as cruzes de missionários.
E pronto, começou.

2ª feira: a Zé Vinagre (era o nome da nossa Comunidade, composta por JP, João Monteiro, Rita Vilaça, Nuno CB, Cacao e uma Rosarinho que ainda não lá estava) ficou com a actividade de ir bater a casa das pessoas das Ilhas falar do que iríamos fazer em Arraiolos durante essa semana e, se possível, rezar com elas. Devo confessar que começar pelo Porta-a-porta não foi o mais fácil.. se calhar as coisas eram-me facilitadas se começasse pelo lar. Caí de pára-quedas e nem sabia por onde começar, não sabia o que dizer às pessoas, não sabia como as encarar. No dia anterior o João Monteiro tinha dito que, se estivessemos com medo, que nos "escondessemos" atrás da Mãe Peregrina que levávamos na mão. Como tínhamos que almoçar todos juntos (os 35) na escola, combinámos os 4 (O João estava a preparar actividades e a Rosarinho ainda não estava) ir 2 a 2 e depois do almoço trocávamos. Fui com o Nuno e, sendo os dois "noviços" naquilo, fomos, de facto, atrás da imagem com "moldura" de madeira da Mãe Peregrina à nossa frente. Um bocado a medo, fomos falando com esta ou aquela pessoa, maioria de idade avançada, que apanhávamos na rua ou em casa e conseguimos falar com mais gente do que pensámos. Ninguém nos fechou a porta na cara pela nossa persistência a dizer que não queríamos levar dinheiro nem ajuda. "Só queremos avisar das nossas actividades em Arraiolos durante esta semana. Como soubemos que não há missas durante a semana, o Pe. Diogo, que veio connosco de Lisboa, durante esta semana vai celebrar missas todos os dias às 18h30 na igreja matriz. 5ª feira há teatro às 14h30 e sexta feira à noite vamos ter a vigília a partir das 21h30. Gostávamos muito que fosse. Podemos contar consigo?" Claro que entretanto o Nuno já tinha dito maravilhas sobre o Pe.Diogo, a senhora já tinha dito que "Ai, já deixei de ir à missa" ou "isto anda muito parado" ou se tinha queixado da falta de mobilidade. E isto foi igual para umas 20 pessoas, apesar das pequenas alterações quando alguém contava a história da filha que foi viver para fora porque aqui não há oportunidades, ou do marido que moreu há 12 anos, ou do padre que baptizou o filho. Às vezes ainda conseguíamos rezar uma Avé Maria, outras nem isso. Não consigo, agora, estar a descrever cada encontro. Mas o Nuno e o JP, com quem fiz porta-a-porta, sabem que o que digo é mesmo assim. Foi mesmo assim que despejei o discurso "copy paste" às pessoas, para conseguir começar a conversa sem as assustar. Não nos interpretem mal, isto não tira, de todo, a individualidade de cada conversa. Tínhamos, simplesmente, de saber por onde começar.
Nessa noite, durante a oração da noite, partilhei o que senti quando uma velhinha na rua me agarrou na mão e me disse que tinha as mãos tão frias. Quando pensamos que somos nós que estamos a ajudar, chega quem de facto conhece Deus e pás, dá-nos uma chapada de fé (como diz a rosarinho) e sentimo-nos tão tão pequeninos, vemos que a nossa fé não é nem um grão de mostarda comparada com o daquela pessoa. Os missionários foram saíndo da nossa pequenina capela improvisada e fiquei lá eu, a Helena e as velas, iluminando Nossa Senhora. Senti Deus tão tão tão forte que desatei a chorar, não me contive. E a Helena pegou na guitarra, cantou músicas tão tão sinceras e profundas que, enfim, não me contive, meeesmo. Chorei não porque estava triste, não porque me doía.
Chorei porque percebi que tinha andado tão longe de Jesus e que tinha tantas saudades d'Ele. Chorei porque me reencontrei, chorei porque Ele também chorou de alegria quando O deixei falar-me.
Chorei, e deixei-O abraçar-me, enquando Nossa Senhora me pegava a mão.

Dois dias mais tarde tornei a fazer porta-a-porta e não correu tão bem: as pessoas já só nos deixavam dizer o programa e não eram tão abertas.
Ainda assim, uma senhora de 70 e tal anos em Sant'Ana convidou-nos a entrar e ensinou-me a fazer tapetes de Arraiolos, lindo! E no fim disse-me "quer um presente?" . Eu já meia a medo que ela me desse algo que não pudesse aceitar disse a rir: "não sei, tenho um bocado medo do que me vai dar..." e ela olhou-me muito espantada e, senhora do seu nariz disse muito convictamente "Ora essa! Eu é que sei aquilo que posso dar! Diga lá que sim! Quer um presente ou não?"
"Quero, quero...!"
E deu-me um tapete (do tamanho de um monitor de computador) feito por ela, verdadeiramente de Arraiolos, lindo lindo, que eu tinha admirado e elogiado.
Fiquei sem palavras, disse logo que não podia acitar, estava tanto trabalho atrás daquilo!
Fiquei bem tocada com isso e por ela ter dito que tinha muito tempo e que lhe dava muito gosto que eu ficasse com ele. Sem palavras... Ainda ontem o trouxe para a sala para toda a família ver.

No terceiro dia fui só para a Escola EB 2-3 e secundária lá de Arraiolos. Estavam programadas aulas de Área de Projecto ou Formação Cívica para podermos lá ir.
Pensem bem: se tivessem que ir a uma aula falar, o que é que diziam? Se acham que por ter o tópico "Missionários" ajuda, er... estão enganados.
Aliás, na noite anterior tínhamos tentado perceber o que iríamos dizer e chegámos à conclusão que não poderíamos repetir o que foi dito nos 2 anos anteriores. Portanto a história de "o que são missionários" não podia ser usada de novo.
Bem, um bocado lançada ao escuro, lá entrei por 3 ou 4 salas dentro e dei o meu melhor. em grupos de 2 ou 3, invadimos aulas do 5º ao 12º ano e tentámos apelar ao sentido de "futuro" dos alunos: "qual é o vosso sonho?" "qual é o vosso maior dom?" "quem é que podem ajudar? em que vida podem marcar a diferença?" "qual é a vossa missão?".
Ficaria eternidades aqui a escrever se fosse contar cada coisa que responderam ou perguntaram, isso dava pano para mangas.
Não é fácil começar a falar, mas graças ao Francisco Vaz Garcia e à Rosarinho Carmona (e um graaaade obrigado por isso), consegui perceber que cada turma é uma turma e a melhor maneira de começar a conversa nas salas de aula. Deviam ter visto a facilidade com que eles os 2 falaram às turmas, sabiam o que dizer como se ... soubessem o que era preciso dizer para cada um deles.
Sabem quando Jesus disse que enviaria o Espírito Santo quando não soubessemos o que dizer, quando falássemos dEle? Foi isso que aconteceu. Ponho as mãos no fogo para dizer que aquilo foi intervenção de Deus.

Todas as noites tínhamos uma oração preparada pelos chefes de oração (Carminho Seabra e João Monteiro) (eram sempre espectaculares e tocavam sempre naquele ponto) e seguia-se uma pequena partilha dos acontecimentos mais marcantes do dia. No dia em que o Miguel Belo falou, mudou o meu espírito ali. Aconteceu um milagre, maior do que os que todos os dias íamos vivendo. Uma senhora que nunca falva, do lar, tinha-lhe dito o seu nome. E mais, tinha dito mais 4 palavras: o Miguel e a Filipa tinham contado as palavras que a Senhora Mariana tinha dito. Não me tinha apercebido da presença constante de Deus ali, no meio de nós, até ao dia em que este milagre aconteceu. Mas estava. E mais que nunca.

O teatro de 5ª feira foi um dos momentos altos da semana. Uma das comunidades (composta pela Margarida Estrela, Catarina, Marta Oom, Nini, Zé do Ó e Helena) esteve a semana a preparar este teatro que encheu a sala com pessoas desde pequeninos a velhinhos. Participaram também o João M [joão, só agora é que me apercebi como estiveste em tudo! ainda não parei de escrever o teu nome...!] e o Zé Cordovil que fizeram de velhas, tão tão tão bem, maior risada! Foi um momento de descontracção para quem estava no público e louvo o trabalho dos actores que não foi nada fácil.

6ª feira, à noite, a vigília. Esta é que vai ser difícil de descrever. Tocou-me tanto tanto tanto! A igreja estava apenas com as luzes do altar acesas e depois... velinhas iluminavam suavemente ("luz terna e suave") o resto do espaço, completamente preenchido com todas as pessoas que tínhamos conseguido alcançar durante esta semana. Muita gente em pé e rostos sempre conhecidos por algum de nós. Sorrisos que se acendiam com olhares que se trocavam, acenos das crianças que tinham gritado o nosso nome nos corredores da escola, abraços dos que tinham confiado em nós. Rezámos um terço animado, com cânticos que explicam tudo, com encenações de excertos da Bíblia, com dinâmicas e com dois testemunhos daquilos que significaram as missões. Estes testemunhos foram dados pelo João Freire de Andrade e pela Leonor. Tão tão sinceros, tão puros, tocaram-me bem fundo e deixaram-me a chorar, mais uma vez. É impressionante a maneira como conseguiram falar para toda aquela gente sem ter o discurso escrito, de uma maneira tão verdadeira e tão inspiradora. Nunca conseguiria fazer isso.
No fim, a Madalena Carmona e o Diogo Oom, chefes destas Missões, falaram.
Foi espectacular o trabalho que tiveram connosco e para que tudo corresse tão bem e os resultados que alcançaram. Deram-se de corpo e alma a esta semana e foi admirável a sua persistência. A eles se deve tudo o que vivemos e a maneira como correu. Desde agora um gigante OBRIGADA a vocês, Mada e Diogo.

Sábado pudemos acordar duas horas mais tarde do que o costume... às 9h da manhã, YEEEEYYYY! (nunca pensei fazer tanta festa por acordar Às NOVE da manhã, mas enfim, ahahahah) arrumações, últimas orações antes das refeições "(...) sementeeee, crescidaaa, és o pão que nos dá Vidaaaa (...)" e chegou a altura da partilha final e de desvendar o amigo secreto de cada um. Pego nas palavras da Carminho e digo: foi admirável a maneira como esse abrir do coração forçado de cada um se tornou tão genuíno, tão verdadeiro. Foi mesmo bonito de se ver, de sentir a Força, a Verdade e a Experiência que nos unia. E estava morta por dizer que eu era a Amiga Secreta do Zé Cordovil, afinal, tinha andado a semana a mandar-lhe recadinhos e a fazer surpresas sem me revelar. Claro que uma esmagadora maioria sabia que era eu, mas não fazia mal, fiz o que queria fazer. E obrigada à Mónica: foste amorosa, miúda! adorei a carta que me escreveste e entregaste em mão nesse dia.

Hoje foi o primeiro dia inteiro que estive em Lisboa depois dessa semana. Foi tudo tão estranho. Olhar p a TV, ver centenas de emails, arrumar a mala, tomas banho com calma, não estar em agitação permanente, não ver aquelas caras outra vez, não cantar o faz-te ao largo, não fazer póneis às 10h da manhã, dormir mais que 7horas, ligar o tlm de manhã, não ter oração antes do pequeno almoço, não cantar de olhos fechados em coro, não rezar a consagração em conjunto, ....
Faz-me falta tudo o que vivi, tudo o que senti e tudo o que consegui criar e deixar marca. Fazem-me falta as 34 caras que levavam visível a cruz ao peito, fazem-me falta os abraços de cada um. Fazem-me falta as horas à frente da lareira, fazem-me falta os momentos de piadas secas e de levar as mãos à barriga, fazem-me falta os olhares cúmplices, fazem-me falta os farfalhos, faz-me falta o muro das lamentações, fazem-me falta os desabafos, as conversas durante os banhos e as partilhas das experiências diárias.

Já reparei a imensidão que escrevi e por isso não me quero estender muito mais...
Queria só tentar deixar um testemunho minimamente fiel ao que fui sentindo.

Não posso acabar isto sem agradecer à Rosarinho que foi a pessoa que mais me marcou. É impressionante a entrega em que vive, a fé que tem e a simplicidade da sua maneira de ser. Não sabe que não tem um dom, tem 70X7 dons e o maior de todos é que não se apercebe disso. Ensinou-me tanto tanto tanto. Cresci imenso só de a ver de fora, e mais ainda cada vez que o Espírito Santo falava através dela, parecendo-se com Nossa Senhora. Deu-me uma confiança imensa em cada missão que eu tinha e puxou por mim como acho que nunca ninguém o tinha feito.
Para além disso, queria deixar um enorme obrigada à Carminho e ao João Monteiro que foram aquele porto-seguro durante as missas em que toquei guitarra, aquela mão que não nos larga. Carminho: não o teria feito sem ti.
E, Leonor: obrigada. Estou sem palavras, deste-me a maior chapada de fé que tive. É inacreditável a força que trazes dentro de ti e a pureza com que não o ostentas.
E claro, obrigada ao que nos emprestou a casa e muito mais!

Obrigada a todos, mesmo.
Durante uma semana, a Madalena Carmona, o Diogo Oom, o Zé Cordovil, o João M, a Carminho Seabra, a Lena, o JP, a Madalena Miranda, a Rita Moore, a Filipa Araújo, a inês Martins, o Franscisco Vaz Garcia, a Mafalda Mendonça, o Bernardo, a Jonas, a Mó d'Orey, a Rita Vilaça, o Mike Belo, a Marta Oom, a Leonor Wemans, a Catarina Farelo, o João Freire de Andrade, a Marta Guedes, a Marga Estrela, o Zé do Ó, a Nini Mendes, a Mafalda Espineira, o Nuno CB, a Cristina Lopes, o Miguel Santos, a Rosarinho, a Ana Mendes, o Pe.Diogo, o Diego e eu missonámos em Arraiolos e demos as canas de pesca, em vez dos peixes. Semeámos e agora resta-lhes ser terra boa, para tudo crescer.

Começa agora uma nova missão: a vida universitária. Agora temos que regressar às vidas normais sem nunca esquecer o que aprendemos, não deixar que tenha sido um "consumismo espiritual" (como chama o Pe.Diogo), e levar Deus a todo o lado e sempre connosco. A missão é não deixar a ligação falhar, a nossa com Deus, a dos outros com Ele, e a nossa com os outros. A missão é termos amigos secretos que nunca saberão que o somos, é ajudar velhinhos da rua sem ter algo concreto p dizer, é pôr os outros a acreditar em algo, é deixarmos o Espírito Santo invadir-nos e falar d'Ele aos amigos que não sabem aquilo em que acreditamos, é levar uma cruz, visível ou invisível, no peito.

"Faz-te ao largo!"

PS: o texto ainda não teve revisão... Desculpem q coisinha...!